Tendências de 2020 para o Setor de Satélites

Tendências de 2020 para o Setor de Satélites

Tendências para 2020 no setor de satélites

Os custos de fabricação e lançamento de satélites vêm caindo. Em paralelo, muitos objetos em órbita já se beneficiam de softwares mais sofisticados e tecnologias ópticas e eletrônicas que viabilizam conexões tecnicamente perfeitas, sem interrupções, aliando simultaneamente vários provedores, bandas de frequência e plataformas.

Os satélites também darão viabilidade a aplicações decorrentes da tecnologia 5G e da Internet das Coisas (IoT). Os Estados Unidos, por exemplo, anunciaram a intenção de enviar novas missões tripuladas para a Lua, e vários grupos estão criando grandes constelações de satélites em órbita baixa para transmissões de dados.

O mercado de antenas planas, equipamento mais importante para viabilizar economicamente o uso dos novos satélites em órbita baixa, deve atingir 1,5 milhão de unidades em 2028, com faturamento previsto para US$ 1,1 bilhão naquele ano, de acordo com pesquisa da consultoria Northern Sky Research. Os fabricantes de equipamentos para uso em terra veem boas perspectivas de crescimento nos próximos anos.

Outra tendência apontada por especialistas do setor é a mudança da banda L para a banda C como frequência intermediária (IF) em uplinks e downlinks. Para esses analistas, a banda C permite muito mais canais e não exige a fragmentação da IF na fibra óptica. As empresas de equipamentos vêm desenvolvendo novos produtos para suportar frequências extremamente altas, como as bandas Q e V. Novos modems de altíssima capacidade serão lançados, com taxas acima de 500 Mbps para uso em localidades remotas e em navios de cruzeiros oceânicos.

Entre as tendências que devem ser acompanhadas em 2020 estão antenas mais avançadas e flexíveis, permitindo conexões mais estáveis e de alta qualidade; e novos sistemas de propulsão e combustíveis para lançadores de satélites, com destaque para os combustíveis “verdes”.

Outra aposta é o uso de impressoras 3D na fabricação de peças de satélites em pleno espaço,  que pode reduzir os custos de produção e tamanho da carga útil, além de eliminar a necessidade de lançamentos de peças de substituição.

Também se espera a queda no preço de fabricação dos satélites e nos preços de lançamentos, a partir do uso de sistemas reutilizáveis e as já citadas tecnologias de impressão 3D de componentes.

 

* Leandro Giovanaz é diretor-presidente da Transat Telecomunicações